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29 de set. de 2012



O enigma dos mundos subterrâneos



O enigma dos mundos subterrâneos constitui parte de um segredo muito bem guardado
e tudo aquilo que se sabe sobre o assunto, não passa de apenas uma leve ponta,
do extenso véu que encobre a sua indevassável realidade transcendente.
Por J. A. FONSECA
ESTIGMATIZADOS - Como interessado pelo tema e buscador das verdades que foram ocultadas sob o véu inocente da lenda, tenho procurado discernir sobre seus inúmeros disfarces, adotados pelos sábios do passado, para que alguns de seus aspectos pudessem circular livremente sobre a face da Terra. Quando aceitamos conscientemente a possibilidade de existirem mundos no interior de nosso planeta, não o devemos fazer tomados por uma decisão apaixonada e inconseqüente, mas sim, suportada por algo de ordem interior. Algo bem mais forte, que não pode ser transferido nem comprovado, diante do pragmatismo do mundo que construímos como ideal de vida. Vivemos iludidos perante nossos arcaicos métodos de existência e um deplorável engano secular que não nos permite perceber outros aspectos da vida na Terra, senão os já estigmatizados como “verdadeiros”. Precisamos nos libertar destas amarras transitórias e aceitar outras possibilidades.
BLAVATSKY - Queremos iniciar esta nova pesquisa citando a grande Mestra do ocultismo ocidental, Helena Petrovna Blavatsky, que muitos pretendem transformar numa charlatã, talvez por falta de firme sustentação de suas próprias idéias ou por inépcia, acabando estes incautos transgressores do verdadeiro conhecimento baseando suas falsas premissas em elementos absolutamente fragilizados pelo materialismo ou mesmo revestidos por princípios fortemente preconceituosos. Em geral, podemos dizer, o fazem por incapacidade de compreender os meandros que envolveram a vida e a obra de uma pessoa como a insigne ocultista, ou simplesmente por impulsos movidos pela inveja.

Para o fim que almejamos, iremos citar ostensivamente excertos de diversos autores que tratam deste assunto nebuloso e ainda mantido sob o rigor da censura oficial, além da não menos severa censura interior, que mantém sob impedimento certas revelações das mentes cristalizadas da maioria dos homens da Terra. Em sua magnífica “enciclopédia” do ocultismo, A Doutrina Secreta, faz a Digna Instrutora HPB menção de outros mundos que existem além na crosta terrestre, abordando o mistério das muitas grutas desconhecidas que rasgam o subsolo de nosso planeta. Não somente fala dos Filhos de Deus e da Ilha Sagrada, mas afirma que esta última, ainda pode ser encontrada sobre a Terra. Diz textualmente: “a ‘ilha’, segundo a crença, existe ainda hoje, como um oásis rodeado pela terrível solidão do grande Deserto de Gobi, cujas areias não há memória humana de que tenham sido pisadas”.
No seu livro Ísis sem Véu, a autora fala também desta “ilha” mágica dos deuses: “Diz a tradição, e explicam os registros do Grande Livro, que muito antes da época de Ad-am e de sua curiosa mulher He-va, onde atualmente só se encontram lagos secos e desolados desertos nus, havia um vasto mar interior, que se estendia sobre a Ásia central, ao norte da soberana cordilheira do Himalaia, e de seu prolongamento ocidental. Uma ilha, que por sua inigualável beleza não tinha rival no mundo, era habitada pelos últimos remanescentes da raça que precede a nossa. Essa raça podia viver com igual facilidade na água, no ar ou no fogo, pois possuía um controle ilimitado sobre os elementos. Eram os ‘Filhos de Deus’; não aqueles que viram as filhas dos homens, mas os verdadeirosElohim, embora na Cabala oriental eles tenham um outro nome. Foram eles que ensinaram aos homens os segredos mais maravilhosos da Natureza, e lhes revelaram a ‘palavra’ inefável e atualmente perdida. Essa palavra, QUE NÃO É UMA PALAVRA, percorreu o globo, e ressoou ainda como um remoto eco no coração de alguns homens privilegiados. Os hierofantes de todos os Colégios Sacerdotais estavam a par da existência dessa ilha, mas a ‘palavra’ era conhecida apenas pelos Yava-Aleim, ou mestres principais de todos os colégios; que a passavam ao seu sucessor apenas no instante da morte. Havia vários de tais colégios e os antigos autores clássicos fazem menção a eles”.
E ainda: “Não havia nenhuma comunicação por mar com a bela ilha, mas passagens subterrâneas conhecidas apenas pelos chefes comunicavam-se com ela em todas as direções”.
“Quem poderá dizer que a Atlântida perdida – que é também mencionada no Livro Secreto, mas sob um outro nome pronunciado na língua sagrada – não existia naqueles dias?”.
A palavra perdida é um grande mistério que somente pode ser conhecido em seu inteiro significado pelos Iniciados, os quais, sempre mantiveram o mais absoluto segredo sobre este assunto. Pensamos que ela poderia estar relacionada ao mistério das regiões sagradas dos deuses no interior da Terra, sobejamente conhecidas pelos grandes filósofos, santos, iogues, etc., homens livres, cujas mentes jamais se submeteriam aos aspectos da vida puramente materiais. HPB escreve sobre esta possibilidade: “A grandiosa poesia dos quatro Vedas; o Livro de Hermes; o Livro dos números caldeu; o Códex nazareno; a Cabala dos Tanaïm; a Sepher Yetzirah; o Livro da Sabedoria de Shlômôh (Salomão); o tratado secreto sobre Mukta e Baddha, atribuído pelos cabalistas budistas a Kapila, o fundador do sistema Sânkhyâ; os Brâhmanas, o Bstan-hgyur dos tibetanos; todos esses livros têm a mesma base. Variando apenas as alegorias, eles ensinam a mesma doutrina secreta que, uma vez completamente expurgada, provará ser a ÚLTIMA THULE da verdadeira filosofia, e revelará o que é essa PALAVRA PERDIDA”.


Lembremo-nos de que se ousamos lançar naves no espaço à procura de vida inteligente fora da Terra, devemo-nos questionar sobre o que poderíamos encontrar. Estaremos preparados? Eis a grande questão… Precisamos saber que a visão exterior das coisas, a qual atrai o visionário ávido pelas posses temporárias de nosso mundo e do espaço, não é a mesma que parte da consciência daquele que faz com que esta percepção passe também pelo seu interior.
Neste novo trabalho sobre os mistérios milenares dos mundos subterrâneos, preferimos desenvolver uma abordagem menos contestadora e mais voltada para os princípios da consciência, ou seja, ao mesmo tempo em que inspira um caráter de pesquisa no mundo exterior, também projeta algo de caráter interior, secreto, íntimo, espiritual. Contaremos neste trabalho, evidentemente, com a ajuda imprescindível de “verdadeiros pilares” do conhecimento humano, como Helena Blavatsky, Saint-Yves, São Paulo, Djwhal Khul, René Guénon, O.B.R. Diamor, E. Bulwer Lytton, Polo Noel Atan e Udo Oscar Luckner, por terem estes burilado suas vidas junto aos mananciais mais sublimes das águas intocáveis do saber oculto. Ousamos também comentar a consistente “aventura” de Dino Kraspedon, rejeitado por muitos, além dos autores de “ficção” como Edgar Allan Poe e Júlio Verne, pois sabemos que suas “histórias” não foram forjadas nos meros laboratórios da imaginação, simplesmente para divertir os homens apressados e cansados deste final de ciclo.

Sobre os túneis misteriosos que já foram encontrados sob o solo da Índia, HPB faz o seguinte relato: “Conta a tradição – e a Arqueologia aceita a veracidade da lenda – que atualmente há mais de uma cidade florescente na Índia, construída sobre várias outras, constituindo assim uma verdadeira cidade subterrânea com seis ou sete pisos. Delhi é uma delas, Allahabad é outra. Vêem-se exemplos semelhantes na Europa, como Florença, que está edificada sobre diversas cidades mortas, etruscas e outras. Destarte, por que razão Ellora, Elefanta, Karli e Ajunta não podiam ter sido construídas por cima de labirintos e passagens subterrâneas, como se afirma? Claro que não nos referimos às grutas que todos os europeus conhecem de visu ou por ouvir dizer, apesar de sua grande antiguidade, que a Arqueologia moderna também confessa; mas ao fato, conhecido pelos brâmanes iniciados da Índia e especialmente pelos Iogues, de não existir no país um só templo-gruta que não tenha corredores subterrâneos, dispostos em todas as direções, e de possuírem tais grutas e corredores subterrâneos inumeráveis, por sua vez, os seus subterrâneos e corredores”.
Ela menciona também as passagens que existem sob o solo das Américas e sobre as bibliotecas e arquivos antigos que se acham encerrados em locais secretos nestas regiões indevassáveis: “As ruínas que cobrem as duas Américas, e que se encontram em muitas ilhas das Índias Ocidentais, são todas atribuídas aos atlantes submersos. Assim como os hierofantes do mundo antigo, o qual, ao tempo da Atlântida, estava unido ao novo por terra, os mágicos da nação atualmente submersa dispunham de uma rede de passagens subterrâneas que corriam em todas as direções”.
E ainda: “Os membros de várias escolas esotéricas, cujo centro está situado além dos Himalaias e de que se podem encontrar ramificações na China, no Japão, no Tibete e até mesmo na Síria, como também na América do Sul, afirmam que têm em seu poder a soma total das obras sagradas e filosóficas, manuscritas ou impressas, enfim, todas as obras que têm sido escritas, nas diversas línguas ou caracteres, desde os hieróglifos ideográficos até o alfabeto de Cadmo e o Devanagari”.
Curiosamente, já que estamos citando aspectos inusitados da vida em nosso globo, desconhecidos para uma grande maioria das pessoas, HPB em seu livro “Al Pais de las Montañas Azules” fala sobre um paradisíaco lugar descoberto por exploradores da Índia, chamado de Montanhas Azuis, que estão coroados pelos soberbos cumes de Nilguiri e Mukkartebet. Trata-se de uma terra incógnita e um mundo encantado, habitado por cinco estranhas tribos de raças distintas, onde coisas estranhas acontecem. Ela fala dos misteriosos “toddes”, uma das tribos que moram nestas lendárias e harmoniosas paragens das enigmáticas e pouco conhecidas Montanhas Azuis. Falando sobre as estranhas práticas destes povos a autora diz que “se nossa orgulhosa ciência, carente de sabedoria, se nega a admitir sua realidade, isto se deve unicamente a que não é capaz de compreendê-las e classificá-las”. Disse HPB que tudo o que um amigo lhe contara a respeito deles, este havia observado “in loco”, pois vivera durante muito tempo no meio destes estranhos povos, e que seus relatos fantásticos poderiam não somente impressionar a qualquer um que deles tomassem conhecimento, como também encher muitos volumes, caso fossem escritos.

SAINT-YVES D’ALVEYDRE - Os adeptos e estudiosos do ocultismo sempre estiveram a par dos grandes mistérios da Terra e do espaço e sempre falaram destes, sem tocar diretamente em sua realidade transcendente, por razões óbvias. Jamais ignoraram os grandes enigmas de nosso planeta e os trataram sob denominações próprias, como o caso dos mundos subterrâneos e dos discos voadores ou vimanas atlantes.
Neste momento crucial da vida na Terra, muitos pilares do conhecimento tradicional, orientados por Lei, passaram a falar mais abertamente a respeito destes assuntos, apesar da resistência exercida pelo conhecimento oficial e até mesmo por certas escolas esotéricas.
No seguimento das idéias que estamos desenvolvendo sobre tão espinhoso tema, não poderíamos deixar de citar o insigne marquês de Saint-Yves d’Alveydre, estudioso das filosofias comparadas e das línguas mais antigas da humanidade, autor de várias obras de profundo valor iniciático, dentre elas El Arqueômetro.

Em seu livro La Misión de la India, publicado no início do século XX, fala abertamente dos mundos subterrâneos e cita a misteriosa região de Paradesha e Agartha, para surpresa de muita gente. Assim ele escreveu: “E quanto a mim, depois de ter preparado os judeus-cristãos com todo o significado social de suas tradições, tomo a própria Paradesha como garantia da verdade de meus anteriores testemunhos e desta”.
“E se vendo que eu estou bem informado de suas mais secretas artes, de suas ciências e de seus mistérios, estes sábios procurarem o meu nome em seus registros e minha estátua em suas cidades subterrâneas, só encontrarão o meu espírito que apareceu aqui há quase dez anos, com a suficiente claridade para que meu retrato possa ser pintado”.
Mais especificamente, fala o inspirado marquês desta cidade misteriosa, alvo de tantas buscas por parte de ardentes pesquisadores e ocultistas, como se ela fosse para ele algo muito confidencial e sagrado, ao mesmo tempo em que amplamente conhecido. Com autoridade ele descreve Agartha, não como alguém que dela ouviu falar, mas que já a incorporara, de há muito, em suas experiências, e de forma que não pudéssemos considerar que tais assertivas se tratassem apenas de frutos de uma hipótese remota ou de fantasias de uma mente doentia. Vejamos: “Na superfície e nas entranhas da Terra a extensão real de Agartha desafia a opressão e a coação da profanação e da violência”.
“Se falar das Américas, cujo subsolo ignorado pertenceu à mais longínqua antigüidade, tanto quanto a Ásia, cerca de quinhentos milhões de homens mais ou menos, conhecem sua existência e sua extensão.”
Com intimidade fala da organização desta cidade mágica, almejada por todos os adeptos:
“O território sagrado de Agartha é independente, organizado sinarquicamente e composto de uma população que se eleva a uma cifra de quase vinte milhões de almas”.
“Em Agartha não existe nada parecido com os nossos horríveis sistemas judiciais ou penitenciários: não existem prisões”.
“Em suas células subterrâneas a população dos Dwijas se dedica ao estudo de todas as línguas sagradas, e coroa os trabalhos de filosofia mais surpreendentes com os maravilhosos descobrimentos da língua universal da qual vou falar. Esta língua é o Vatan”.
“Nenhum iniciado pode copiar de Agartha os textos originais de seus livros de estudo: estão, como já disse, gravados em pedra em caracteres indecifráveis para o vulgo”.
“Só a memória pode conservar sua imagem; eis que ousou Platão pronunciar esta afirmação paradoxal: ‘a ciência se perdeu o dia em que se publicou um livro’”.
Em relação às “cartas” de Paulo, o próprio Saint-Yves levanta a hipótese de que estas tenham sido trazidas dessas regiões inacessíveis às pessoas comuns. O apóstolo estava cônscio de que não poderia jamais falar abertamente sobre este assunto em suas exortações iniciáticas e procuraria, ao contrário, ocultar através do conteúdo de suas “cartas” os ensinamentos recebidos naquelas regiões. Para o marquês iniciado, os títulos das Epístolas de Paulo não deixam nenhuma dúvida e são prova cabal de tal experiência:
“Finalmente, até nas Epístolas, o título do texto hebreu nos mostra escrito com todas as letras o nome de Agartha: Agartha-al-Galatim, Agartha-al-Ephesim, Agartha-al-Romin; de Agartha aos Gálatas, de Agartha aos Efésios, de Agartha aos Romanos”.
Já que as cartas de Paulo foram citadas, gostaríamos de destacar suas palavras na Epístola aos Hebreus 5, 11 – 12, quando exorta a todos os buscadores a não arrogar por si mesmos a honra de se investirem da dignidade de sumo-sacerdotes do Altíssimo, à maneira de Melk-Tsedek, ou seja, destas regiões desconhecidas:
“Muito teríamos a dizer a este respeito, e nada fácil, de explicar, porque vos tornastes tardos para compreender. Com efeito, enquanto deveríeis já ser mestres, em razão do tempo, tendes ainda necessidade de aprender os primeiros elementos dos oráculos divinos, e vos reduzistes a precisardes de leite e não de alimento sólido”.
Ousamos dizer que o alimento sólido referido por ele trata-se precisamente de um simbolismo que oculta os grandes segredos dos mundos por ele visitados no interior da Terra, que exigiria de seu ouvinte muito mais do que um simples embasamento intelectual. Representa a complexidade de compreender tais coisas quando a mente se acha focalizada apenas nos princípios mais densos e não pode alcançar determinadas sublimidades. Daí a alegoria do leite que é dado às crianças recém-nascidas, ou melhor dizendo, aos espíritos impúberes, que não podem perceber muito mais do que existe além de seu próprio nariz.


DJWHAL KHUL - Aprofundando no estudo destes mistérios milenares, não poderíamos deixar de citar o inigualável Mestre Tibetano Djwhal Khul, que segundo uma declaração dele próprio em 1.934, se tratava apenas de um discípulo de certo grau vivendo em corpo físico, como todos nós, na região do Tibete. Sabemos que tal afirmação oculta, de fato, o grande iniciado e emissário dos mundos subterrâneos que é, confirmação que pode ser feita pela leitura dos livros de Alice A. Bailey, em co-autoria com o mesmo. Disse que o conteúdo de seus livros seriam dados sem nenhuma exigência de aceitação e que não deveriam ser aclamados como escrita inspirada.
Apenas queria passar informações para aqueles adeptos que pretendiam dar passos mais largos no caminho da redenção e do conhecimento. Quem já leu alguma destas obras, pode perceber que tal discípulo não se trata de um nome qualquer na vasta bibliografia ocultista. Especialmente, no seu livro Tratado sobre Magia Blanca, ele fala abertamente dos mundos subterrâneos e dos grandes mistérios que seriam revelados para a humanidade neste grande momento de transição planetária.
Assim escreveu: “O primeiro posto avançado para a Fraternidade de Shamballa foi o templo original de IBEZ, situado no centro da América do Sul, e um de seus ramos, em um período muito posterior, se encontrava nas antigas instituições maias e na adoração do sol, como fonte de vida nos corações de todos os homens”.

“Uma segunda rama se estabeleceu posteriormente, na Ásia, e desta rama os adeptos do Himalaia e do sul da Índia são os representantes, ainda que o trabalho tenha sido transferido materialmente. No futuro far-se-ão descobertas que revelarão a realidade do antigo modelo de trabalho hierárquico; antigos arquivos e monumentos serão revelados, alguns sobre a Terra e muitos em abrigos subterrâneos”.
“À medida que se exploram os mistérios da Ásia Central, nas terras que se estendem desde a Caldéia, a Babilônia, através do Turquestão até a Manchúria, incluindo o deserto de Gobi, espera-se revelar grande parte da história primitiva dos trabalhadores de IBEZ”.
“Podemos observar que a palavra IBEZ é literalmente uma espécie de sigla que vela o verdadeiro nome do Logos Planetário da Terra, do qual, um dos princípios está se manifestando em Sanat Kumara, convertendo assim em uma encarnação direta do Logos Planetário e em uma expressão de sua Divina Consciência. Estas quatro letras são as iniciais dos verdadeiros nomes dos quatro Avataras dos quatro globos de nossa cadeia terrestre, onde encarnaram quatro dos princípios divinos. As letras IBEZ não são as verdadeiras letras em idioma sensar, se é possível usar expressão tão inexata de um idioma ideográfico, pois que é simplesmente uma deformação europeizada”.
Também no livro Iniciação Humana e Solar, Djwhal Khul fala de Shamballa, o ponto sagrado da manifestação planetária, que está localizado na região mais central de nosso planeta físico, a Terra. Segundo ele, “Shamballa é a Cidade dos Deuses, que fica para o Ocidente de algumas nações, ao Oriente de outras, ainda ao Norte ou a Sul de outras. É a Ilha Sagrada no deserto de Gobi. É o lar do misticismo e da Doutrina Secreta”.

HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA - No Brasil tivemos a força transformadora do Mestre Henrique José de Souza (JHS), fundador da Sociedade Teosófica Brasileira, atual Sociedade Brasileira de Eubiose, que não deixou de falar claramente sobre os mundos interiores e o mistério dos discos voadores.
No seu livro Eubiose a Verdadeira Iniciação fala que o país que Noé se dirigia, segundo a tradição, era um local subterrâneo, cujo nome até mesmo se parecia com o de “barca”, ou seja, Agartha. “Como se vê, ‘arca’ ou ‘barca’ teve um sentido muito mais profundo que a Lei ainda não permitiu totalmente desvendar.”
Falando sobre esta região transcendente de Agartha, reforça a tônica dada por outros insignes adeptos da Boa Lei:
“Este país de Agartha é por muitos denominado Shamballa e as escrituras o descrevem como uma ilha imperecível que nenhum cataclismo pode destruir.”
“Agartha, Arca ou Barca é o lugar para onde o Manu Noé conduziu seu Povo ou Família, e os casais de animais a que se refere a Bíblia, porém com a interpretação errônea de que o termo ‘família’ fosse apenas dos seus parentes”.

“Agartha é o celeiro das civilizações passadas”. Sobre os discos voadores, JHS o primeiro a declarar publicamente que parte deles vem do interior da Terra. São suas palavras: “Sim, discos voadores, que tanto preocupam os homens de hoje, a própria televisão, as irradiações de amanhã, que são levadas a efeito sem necessidade de aparelho de rádio, aparecem vindos de Agartha, para depois, os maiores cientistas do mundo as darem como suas”.

GUÉNON - O assunto que estamos desenvolvendo nestes artigos exige um longo lapidar de idéias e certas convicções, para que não venhamos nos deixar levar pelo avassalador movimento ególatra que assola o mundo contemporâneo. Se não alimentarmos firme intenção e uma franca percepção das coisas interiores, certamente que seremos envolvidos pelo engolfar da dúvida e teremos nossos objetivos e princípios fortemente abalados e comprometidos.
Estamos assim, no tratamento deste assunto, levando aos interessados o maior número possível de informações que tivemos acesso, para que cada um possa escorar-se e dar maior vazão às suas próprias convicções sobre um tema que ainda é tão controverso.
Queremos citar em apoio, o insigne esoterista francês René Guénon, que por suas relevantes pesquisas e aprofundamento no mundo oculto, deveria ter seu nome grafado dentre aqueles que ofereceram à humanidade uma outra opção, não materialista da vida na Terra. Em seu livro O Rei do Mundo, falando sobre estes mundos excepcionais, e comparando as obras de Ossendovsky e Saint-Yves, escreveu:

“De fato, há um grande número dessas passagens que apresenta, até em alguns pormenores, uma semelhança singular e surpreendente. Em primeiro lugar há o que podia parecer o mais inverossímil no próprio Saint-Yves, queremos dizer, a afirmação da existência de um mundo subterrâneo, estendendo suas ramificações por toda parte, sob os continentes e até sob os oceanos, e pelas quais se estabelecem invisíveis comunicações entre todas as regiões da Terra”.

“Além disto, o Paraíso terrestre representa propriamente o Centro do Mundo: e o que diremos mais adiante, acerca do sentido original da palavra Paraíso, poderá fazê-lo compreender ainda melhor” (pag. 56).
"É de notar-se que a palavra Salém, contrariamente à opinião vulgar, nunca designou na realidade uma cidade, mas que, se atemos pelo nome simbólico da residência de Melk-Tsedek, pode ser considerado como um equivalente do vocábulo Agartha”.
René Guénon diz em seu livro que as tradições que falam dos mundos subterrâneos se acham espalhadas por todo o globo terrestre, em muitas nações e que, paralelamente a estas crenças, surgiu o culto das cavernas, também de natureza velada, que acabaram por traçar estreita relação com uma espécie de lugar secreto, no interior da Terra. Diz Guénon:
“Por outro lado, há realmente, tanto na Ásia Central como na América e talvez ainda em outros lugares, cavernas e subterrâneos onde certos centros iniciáticos têm podido manter-se desde há séculos; mas, fora disso, há, em tudo o que é citado acerca deste assunto, uma parte de simbolismo que não é muito difícil de esclarecer; e podemos pensar mesmo que são razões de ordem simbólica que têm determinado a escolha de lugares subterrâneos para estabelecer esses centros de Iniciação, muito mais que motivos de simples prudência”.
“Acrescentamos que foi a partir das informações fragmentárias que Madame Blavatsky pôde recolher acerca desse assunto sem, aliás, compreender o seu verdadeiro significado, que nasceu nela a idéia da Grande Loja Branca, que poderíamos chamar, não já uma imagem, mas muito simplesmente uma caricatura ou uma paródia imaginária de Agartha”.
Uma declaração do autor sobre as escolas pseudo-iniciáticas que estavam nascendo no Ocidente, com a qual concordamos plenamente, atinge severamente suas estruturas filosóficas. Disse que estas não poderiam ser levadas a sério, porque provavelmente, nenhuma delas estava relacionada ao mistério dos mundos subterrâneos e nem mesmo sabiam de sua existência ou, na pior das hipóteses, não o aceitavam como princípio iniciático. De fato, pensamos que a ausência destes princípios ocultos - mantidos por milênios pelos Grandes Adeptos da Terra - é uma lástima e não poderiam ser jamais olvidados por aqueles que se propõe iniciar-se e fazer do seleto Conselho de Agartha.

DIAMOR - Já que temos falado das Américas, voltemos nosso pensamento para o continente sul-americano, que guarda, segundo os cânones universais, profundos mistérios relacionados ao Império Oculto dos Deuses no seio da Terra.
Existe uma obra incomum, intitulada A Clã Perdida dos Incas, assinada por O.B.R. Diamor, que fala admiravelmente da mais antiga tradição destes povos e de suas “lendas” fantásticas, sob o enfoque do próprio “perdedor”, de acordo com os capítulos escritos pela história conhecida dos homens.

Através de um misterioso homem moribundo encontrado na floresta amazônica, o manuscrito que contém esta fantástica história é trazido a lume e o autor envereda-se pela vida incrível do povo Inca, que há cinco séculos desapareceu da face da Terra, levando consigo homens, mulheres, crianças e um imenso legado em ouro e conhecimento.
Longe de serem rudes silvícolas, os integrantes desta raça eram altamente desenvolvidos, especialmente no seu aspecto moral, fato que veio confrontar-se brutalmente com a barbárie dos gananciosos invasores europeus.
Magicamente o livro fala do INTIHSUYO SECRETO, aquela região que ninguém sabe onde fica exatamente, no meio da densa floresta Amazônica. Trata-se de um lugar desconhecido que sugere estar relacionada aos mundos subterrâneos, para onde determinados habitantes deste antigo império teria se recolhido após a invasão. Em sua empolgante narrativa que mistura aventura, realidade e lenda, o autor fala do segredo da floresta encantada, iluminada pelos discos rosados (discos voadores) que se originavam do interior da Terra, quando se abriam certas embocaduras na floresta e o Deus Wiracocha se manifestava.
No transcorrer do apaixonante relato um velho Taita (Pai) da nação Inca conta uma história fantástica, na qual, a verdade toma o sentido da lenda para que assim pudesse perdurar e ser preservada no mundo da excessiva materialidade. Conforme o decano “as lendas são verdades envoltas em véus de poesia, já dizia Huyana Tupac”.

Segundo ele, esta história lendária mantida pela tradição fala dos povos antigos que partiram da Terra na época do seu último e grande cataclismo.

Decorrido um longo período, estes antigos habitantes retornaram com seus discos voadores rosados, assemelhando-se a imensos sóis descendo da abóbada celeste. Era um espetáculo transcendental que os remanescentes dos grandes cataclismos, vivendo em condição primitiva, por terem voltado à barbárie após a terrível hecatombe, não podiam mais compreender.

Segundo consta, tal fato teria ocorrido há cerca de 7.000 anos. A visão daqueles grandes sóis que desciam na Terra e de homens iluminados saindo destas “máquinas” desconhecidas, marcou profundamente as mentes conturbadas daqueles homens, que passaram a gravar nos paredões pétreos, os estranhos objetos e as figuras enigmáticas que podem ser vistos em vários países até os dias de hoje. Estes registros continuam impressionando os pesquisadores e os deixam patéticos, sem poder ao menos sustentar uma explicação convincente. Este povo fantástico que havia partido da Terra há milênios, diz a lenda, não poderia jamais ser reconhecido pelo homem primitivo que sobrevivera às grandes transformações, após o grande conflito. Então, para sua salvaguarda, eles instalaram-se no interior de nosso planeta, em grandes bolsões que ali haviam se formado, preservando um mundo indescritível que ainda permanece sob intenso sigilo. Escreveu O. B. R. Diamor:

“As pequenas fendas e bolsões, em relação ao volume da Mãe Terra, eram mundos vastos, maravilhosos, quase irreais, por sua beleza exótica. Um poder inacessível parece ter destinado o ventre de Pachamama para abrigo desconhecido e ‘habitat’ natural de uma humanidade superior futura”.

“O mundo interior, longe de ter a escuridão dos abismos e o calor dos infernos manipulados à superfície, era iluminado e vitalizado pelas radiações mais íntimas do planeta, tal como em Febea. Sua atmosfera era o néctar da vida, aguçando os sentidos e incentivando as forças mentais”.

“E foi assim que, numa segunda investida, por todos os cantos do mundo onde lhes parecia mais provável, os ‘discos’ desceram. Começava para o homem, um segundo período de evolução”.

Estava iniciando para o homem da Terra uma nova escalada evolutiva e aquele que no passado ousara voar, estava agora engatinhando com dificuldade na trilha do progresso, humano, recomeçando através de uma vida primitiva e limitada. Se quisermos acreditar nesta história, poderemos pelo menos contar com uma idéia razoavelmente lógica para os mistérios que ainda encobrem nosso passado mais recente, quando o homem das cavernas começa, inexplicavelmente, a construir cidades e templos, como ocorreu no caso da antiga Suméria. Ou então fiquemos com aqueles registros misteriosos, verdadeiros documentos que autenticam uma outra história atravessada na garganta, aguardando um momento de lucidez que possa explicá-los de forma mais compreensível.
Voltando a Clã Perdida dos Incas, queremos destacar a forma expressiva com que o autor procurou encerrar sua obra (dizemos nós, de cunho iniciático), misto de lenda e realidade, de alegria e de sofrimento:
“Agora que INTIHSUYO não pode mais ser descoberto, eu, um de seus mitimais secretos (enviados), um agente verdadeiro do progresso e da paz para a humanidade (que por circunstâncias especiais se vê perdido na vastidão deste mundo de florestas), deixo aqui romanceada a primeira parte de nossa história”.
Segundo o autor, existe uma continuação deste incrível relato que ele decidiu ocultar por não ter chegado ainda o tempo - a que nos referimos acima foi publicada na década de 1.950. Segundo diz, esta outra história é ainda mais fantástica, pois fala de homens avançados vivendo em mundos subterrâneos com sua mais sofisticada tecnologia e espiritualidade. Imaginem o que mais poderia ser desvelado? Se nossa mente já vem rejeitando negligentemente uma perspectiva que se tornou lendária, o que dizer então do que mais além possa ser desvelado? Que segredos mais poderiam estar ocultos em regiões desconhecidas de nosso próprio planeta, a despeito de nossa tecnologia e de nosso pretenso saber?

RAY KING - Não pretendemos com este trabalho que desvelam certos aspectos dos mundos subterrâneos, apenas inflamar a curiosidade de mentes apressadas, sempre sobrecarregadas de intelectualidade e conceituações variadas.
Queremos que elas possam servir como referência aos novos buscadores que não temem ousar além das fronteiras delimitadoras do conhecimento concreto, que fatalmente tem conduzido o mundo contemporâneo para uma condição de vida profundamente egóica.
Continuamos assim, citando autores consagrados e outros menos conhecidos, mas nem por isto menos relevantes no estudo sério deste fenômeno terrestre, que sempre esteve ligado às mais antigas tradições iniciáticas. Godfré Ray King se trata de mais um espiritualista consciente que vamos incluir neste estudo.
Fala sobre seus contatos com o Ascensionado Mestre Saint Germain e sobre as visitas que fez, em sua companhia, a determinadas regiões de nosso planeta. No livroMistérios Desvelados ele fala dos Santuários Subterrâneos, cuja entrada é vedada ao homem não espiritualizado.
Segundo o autor, na América se encontra um dos mais antigos Centros da Grande Fraternidade Branca, tradicional Retiro dos Mestres Ascensionados, que trabalham para a libertação dos homens e sua espiritualização. Sobre os mundos no interior da Terra, ele escreveu:
“O Santuário Interno é de ouro, com desenhos em púrpura e branco. A cadeira em que a sacerdotisa oficiava era também de ouro. Aí era focalizado e mantido o Poder Espiritual que se irradiava para o império e para seu povo. Com esta explanação, como prelúdio, entraremos agora no Templo Subterrâneo, onde foi preservada uma sala, entre as ruínas de uma grande e passada glória”.
Relata que em uma montanha a sudoeste de Tucson, Arizona, estando em companhia do Mestre, penetrou pelo interior da terra através de um túnel, chegando a uma região paradisíaca:
“Continuamos pelo túnel adentro por mais de uma hora e chegamos finalmente a uma porta maciça de metal, que se abriu vagarosamente ao ser tocada pelo meu guia. Este se afastou para o lado e esperou-me passar. Avancei em meio à brilhante luz solar, quase sem respirar, deleitado com a lindeza da cena que se estendia diante de mim: à nossa frente desdobrava-se um vale de insustentável beleza, com cerca de quarenta hectares de extensão”.
PATERSON - Outro que não poderíamos deixar de citar é o eminente pesquisador Timothy Paterson, sobrinho do Cel. Fawcett. É de nacionalidade inglesa, arqueólogo, explorador e esoterista, ex-oficial da infantaria do exército da Rainha da Inglaterra e já esteve por algumas vezes no Brasil. Em 1.980, Paterson publicou um livro na Itália, onde estava residindo, intitulado O Templo de IBEZ (publicado no Brasil em 1.983), onde procurou explicar a origem de IBEZ (já mencionada anteriormente), enigma de caráter universal que oculta o mistério do Rei do Mundo. Também tratou da expedição do Cel. Fawcett (seu tio) sob o enfoque iniciático e de seu desaparecimento na Serra do Roncador, além de tratar especialmente daquela região misteriosa no estado de Mato Grosso. Assim ele escreveu:
“A atual cidade de IBEZ no Roncador, da qual o Monastério Teúrgico do Roncador é um prolongamento externo, é presidida pelo Logos Solar dos Mestres Teúrgicos, chefiada por sua vez pelo ‘Quinto Senhor’”
“Na cidade subterrânea de IBEZ as pessoas se movem ainda entre a terceira e a quarta dimensões, onde ainda os ‘deuses caminham entre os homens’, como acontecia sobre a Terra antes de sua Queda, quando, como afirma o Mestre Tibetano (por instruções recebidas dos Mestres de Shamballa), os adeptos de IBEZ começaram a retirar-se dos templos (isto é, debaixo da terra), para tornar os mistérios mais inacessíveis e evitar abusos e distorções”.
“Na cidade subterrânea de IBEZ no Roncador está conservado o resplandecente Homem de Ouro, que não é outro senão o El Dorado que os conquistadores espanhóis procuram em vão durante anos”.
“A cidade inteira de IBEZ é iluminada por esta mesma luz azulada, gerada pelo que Bulwer Lytton chama de Vril, o chamado ‘elemento universal’, como por outra parte são sobre a terra aquelas torres de pedra e outras construções vistas pelos índios, que através de suas portas e janelas brilha uma luz que ‘jamais se apaga’”.

UDO OSCAR LUCKNER - Sob este aspecto, seria interessante incluir novos comentários sobre a passagem de Udo Oscar Luckner pelo Brasil, até chegar a estas regiões e sua penetração nos mundos subterrâneos. Sua trajetória da Guanabara (RJ) ao Roncador foi permeada de muitos mistérios, coragem e determinação.
Passou pela Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro, onde encontrou as primeiras indicações para chegar à cidade subterrânea de Ubiricy. Dirigindo-se para São Tomé das Letras, em Minas Gerais, procurou decifrar o grande enigma do Senhor Arzan, grafado nas “letras” da gruta dos símbolos no centro da cidade. Dali, Luckner seguiu viagem para o norte de Minas, quase na divisa do estado de Goiás, onde deveria decifrar o mais desafiador dos mistérios, preservado em enigmáticas petrogravuras.

Após, dirigiu-se para a Pedra Desnuda, no estado de Goiás, onde estava gravada uma mensagem de nossa época. Daí, ele dirigiu-se à Cordilheira dos Andes, onde conheceu seu Mestre que, muito tempo depois, viria a conduzi-lo aos mundos subterrâneos da região inexplorada do Roncador. Assim ele mesmo escreveu sobre esta espantosa experiência:

“Iniciamos nossa caminhada, atravessamos o salão, entramos por uma das portas de arcada pálida e descemos dezessete degraus até junto a uma porta bronzeada. Meu cicerone explicou que não era de cobre, mas de uma liga de metais que a tornava imperecível”.
“Chegamos a uma plataforma. Eis o que vi: UMA CIDADE! Observei que era construída em círculos e que de seu centro partiam as ruas comerciais, iguais a rodas raiadas. Havia avenidas circulares externas, ornamentadas com plantas”.
Uma das cidades visitadas por Udo Oscar e que ele deu especial destaque, chamou-a de LETHA, situando-a nas entranhas da Montanha do Roncador. Segundo ele esta cidade possui templos esplendorosos, de construções artísticas finamente planejadas e executadas. Em seus domínios está localizado o Palácio de Ouro, residência do Quinto Senhor, Aquele que virá para reinar neste Novo Ciclo. Apesar da sua inacessibilidade, LETHA pode ser visitada por homens da face da Terra e é certo, que muitos ali já estiveram, a convite de seus habitantes. Sobre esta magnífica cidade destacamos alguns excertos de seus escritos:
“LETHA é uma cidade fabulosamente cheia de riquezas, de alegria, vitalidade e harmonia. Milhões de visitantes do mundo intraterreno e extraterreno enchem suas casas e praças espaçosas”.
“Quando sou chamado a LETHA, nunca perco os passeios pelas ruas da cidade, observando as figuras exóticas vestidas com roupagens longas de seda farfalhante, quando estão saindo dos templos, após as cerimônias noturnas”.
“LETHA parece uma cidade de contos de fadas, cheia de vitalidade, ensinamentos e pureza”.

LYTTON - Queremos também voltar a citar o insigne escritor ocultista E. Bulwer Lytton, uma vez que em sua obra A Raça Futura ele teria falado também sobre outras regiões que existem no subsolo de nosso planeta:
“Nada me causaria maior perplexidade, ao tentar reconciliar minha razão com a existência de regiões abaixo da superfície da Terra e habitáveis por seres que, embora dessemelhantes dos cá de cima eram, em todos os pontos essenciais do organismo, iguais a eles…”.
“… E segundo tudo quanto me contaram, havia imensas regiões incomensuravelmente mais profundas, e nas quais se pensaria que só poderiam existir salamandras, eram habitadas por inúmeras raças, organizadas como nós”.
“Seja onde for que o Bem Supremo constrói, pode ter certeza que coloca lá habitantes. Ele não gosta de lugares vazios”.

ATAN - Gostaríamos de citar ainda Polo Noel Atan, em sua obra A Cidade dos Sete Planetas, onde escreveu sobre suas experiências nos mundos interiores da região Amazônica. Ao indagar de seu acompanhante, Alídio, sobre quem teria construído a Cidade dos Sete Planetas, que visitara, este lhe teria respondido:
“Ela já existia há muito tempo e foi construída pelos Grandes Sacerdotes Atlantes. A fuga dentro das cavernas lhes proporcionou a descoberta de caminhos e passagens abertas, já há muito construídas”.
“Nós sempre tivemos contato com esses mundos subterrâneos. Foram eles os únicos que abriram campo para a nossa permanência nesta crosta. Graças à boa vontade dos sacerdotes, meus irmãos interplanetários trouxeram muito material para acabamento e complementação da cidade”.
Bem, é nossa pretensão que todos aqueles que tenham acesso a estas informações não as tomem por algo puramente transcendente ou meramente filosófico e procure dentro de si mesmo, os elementos para uma descoberta surpreendente. Perceberá que não somente o nosso planeta, mas todos os demais possuem, certamente, seus mundos subterrâneos e que estes estiveram sempre disponíveis para o desenvolvimento de civilizações e às mais variadas formas de vida. Queremos encerrar esta parte parodiando o Mestre Bulwer Lytton em seus escritos, pois também cremos que onde quer que o Supremo Criador tenha erigido mundos, terá colocado ali habitantes. Seria um desperdício deixar tantos lugares vazios…

KRASPESDON - Nesta última parte queremos fazer algumas citações relacionadas ao livro do autor brasileiro Dino Kraspedon e dos autores de “ficção” Edgar Allan Poe e Júlio Verne.
A personalidade Dino Kraspedon ou Oswaldo Oliveira Pedrosa, não é bem vista por alguns pesquisadores da Ufologia e não é nossa intenção discutir este ponto. Citamos seu livro neste trabalho pela simples razão de ter o mesmo apresentado, já na década de 1.950, novas perspectivas dentro da pesquisa dos discos voadores, além de sua abordagem científica e filosófica carregada de princípios humanitários. Também sugeriu a existência de civilizações no interior da Terra, desde o início de sua obra, e a provável procedência deste seu contato, quando dedicou ao “comandante do disco” o seu livro:
“Ao Comandante do disco, quer ele seja terreno, extraterreno ou subterreno – que importa! – o agradecimento sincero do Autor pela demonstração de confiança e a dedicação com que nos tratou tantas vezes, fazendo caso omisso de nossa desconfiança, fazendo-se desentendido quando não lhe depositávamos inteira boa fé, nunca se furtando a responder nossas perguntas, quando nenhum interesse podia ter no menor dos homens a não ser dar um pouco de si para que nos tornássemos melhores, embora sabendo de antemão a inutilidade dos seus esforços”.
No transcorrer de seu relato encontramos certas coerências e na conclusão do livro, sua posição vai se tornando mais enfática em relação à situação da Terra. Pensamos que não podemos mais nos vincular a determinadas condições do raciocínio concreto para enquadramento da verdade, neste ponto de nossas convicções sobre os fenômenos que ocorrem em nosso planeta. O que passa a importar é unicamente a própria mensagem. Costumamos sempre torcer o nariz quando uma entidade qualquer, anjo, deva, mestre, santo, extraterreno ou intraterreno vêm nos falar sobre nossos mal entendidos na Terra e o perigo de um caos iminente. Mas, apesar dos tecnocratas e da tecnologia disponível, nosso planeta continua pedindo socorro. Será que nós que aqui estamos vivendo não o estamos percebendo? Por ventura, gostaríamos que estes seres viessem nos falar da vida em outros mundos, de sua alta tecnologia, de seus computadores e equipamentos sofisticados e ignorassem totalmente algo que nos está conduzindo, inexoravelmente, à auto-destruição? De que nos valeria então esta tal tecnologia?
Em verdade, não queremos ver o que está se passando diante de nossos próprios olhos. Preocupamo-nos, ás vezes, com a pessoa e o que ela representa para a opinião geral e deixamos de lado o conteúdo de sua proposta. Em nosso entender importa mais a relação que podemos fazer entre os pontos de vista das mais variadas fontes. Por isto que citamos Dino Kraspedon, pela sua coerência, não para defendê-lo. É de sua autoria o seguinte texto:
“Muitos acreditam serem os discos voadores da própria Terra; outros supõem vindos de outro mundo. Há ainda os que afirmam serem oriundos de cidades subterrâneas, de uma civilização que se ocultou sob o solo com a finalidade de se furtar ao contato conosco. Não discutimos a sua origem, porque nada de aproveitável pode sair de uma polêmica. Que interessa ao mundo conhecer a sua procedência?”.
E ainda: “Do espaço, da Terra e de sob a terra – não importa – sabemos que o que nos foi revelado é verdadeiro. E para isto temos fundamentadas razões. Se um dia chegássemos à conclusão que esse estranho personagem que entrou em contato conosco foi o demônio materializado, então teríamos razão para afirmar que ao menos uma vez na vida o diabo falou a verdade”.

POE - Como já havíamos afirmado, estamos incluindo também os escritores sobejamente conhecidos em muitos países, por suas “histórias de ficção”: Allan Poe e Júlio Verne. Edgar Allan Poe, um dos mais notáveis nomes da literatura universal, ao mesmo tempo detentor de uma biografia controvertida, escreveu contos, poesias e ensaios, sobre as mais estranhas coisas existentes neste mundo e no outro (ou outros).

Abordou também o pólo sul e um estranho vórtice de águas naquela região, algo assustador que ele narrou em Manuscrito encontrado numa garrafa. Esta é uma história bizarra sobre um passageiro que partira de Java e se tornara náufrago, indo para um outro navio tripulado somente por pessoas idosas e misteriosas, que viajavam a toda velocidade em direção ao pólo.

Apesar de se tratar apenas de uma “história” as coincidências são muito grandes e o autor, de alguma forma, deveria saber alguma coisa sobre aquela distante região do pólo. São suas palavras: “É evidente que estamos a precipitar-nos para alguma estonteante descoberta, para algum segredo irrevelável para sempre, cujo alcance significa destruição. Talvez esta corrente nos conduza ao próprio pólo sul. Deve-se confessar que uma suposição aparentemente tão fantástica tem todos as possibilidades a seu favor”.

“O gelo se abre de súbito para a direita e para a esquerda e rodamos vertiginosamente em imensos círculos concêntricos, espiralando em volta das margens de um gigantesco anfiteatro cujas paredes perdem o cimo nas trevas e na distância”.
Em um outro conto deste mesmo autor, Narrativa de Artur Gordon Pynn, ele faz uma narrativa comovente de uma pessoa, também vítima de um naufrágio na vizinhança do pólo antártico. Era uma região formada por um grupo de ilhas muito grandes, habitada por nativos e que a chamavam de Tsalal. Fugindo do ataque de selvagens, alcançou o alto de uma colina que possuía uma grande fenda que se abria para o seu interior da terra. Explorou estas cavernas e afirmou que seus labirintos possuíam formas estranhas, galerias e corredores, cujos formatos foram desenhados pelo personagem.
“Era realmente, um dos lugares de mais singular aparência imagináveis e mal podíamos ser levados a crer que ele fosse inteiramente obra da natureza”. Continuando sua fuga, tomou às pressas uma frágil canoa, juntamente com duas outras pessoas e novamente estavam navegando para o imenso e desértico Oceano Antártico.
“Vários fenômenos insólitos indicavam, então, que estávamos penetrando numa região cheia de espantosas novidades”.
“A temperatura do mar parecia aumentar a cada instante e havia na sua cor uma alteração bastante perceptível”.
“A barreira de vapor para o sul tinha-se elevado prodigiosamente no horizonte e começava a assumir forma mais distinta. Posso compará-la apenas a uma catarata sem limites, rolando, silenciosamente, dentro do mar, de alguma imensa e bem distante muralha no céu. A gigantesca cortina pendia ao longo de toda a extensão do horizonte meridional, mas não emitia som algum”.
Ao final, ele e seus companheiros de fuga, um deles nativo daquela região, se depararam com uma “figura humana envolvida por uma mortalha” bem maior do que qualquer habitante da Terra e branca como a neve. E a história é subitamente interrompida.
“E agora nós nos precipitávamos para o seio da catarata, onde se escancarava um abismo para receber-nos. Mas, ergueu-se, então, em nosso caminho, uma figura humana amortalhada, bem maior de proporções que qualquer habitante da Terra. E a cor da pele deste vulto tinha a perfeita brancura da neve”.
Apesar de ser apenas um “conto”, citamos Edgar Allan Poe pela grande lucidez empregada em suas “histórias” fantásticas que desvelam estranhos segredos, além de certas “coincidências” relatadas, quando comparadas às hipóteses levantadas e constatadas por pesquisadores em relação aos pólos.

VERNE - O outro autor que queremos citar é Júlio Verne, que dispensa comentários, em face das inúmeras obras de sua autoria que anteciparam conquistas importantes da humanidade. Em seu livro Viagem ao Centro da Terra Verne narra uma aventura fantástica ocorrida na Islândia, no norte daquele país, numa montanha vulcânica muito alta, chamada Sneefell, com cerca de 1.650m. de altitude. Seus personagens são três aventureiros: o Prof. Lidenbrok e seus dois companheiros Axel e Hans, que decidiram descer pela cratera do Sneefell, percorrendo o centro da Terra por vários meses. Assim o autor descreve a descida dos aventureiros: “Não era possível que tivesse servido de passagem às matérias eruptivas vomitadas pelo Sneefell, já que não havia nenhum vestígio delas. Era como se descêssemos pela rosca de um parafuso gigante feito pela mão do homem”.
“Quanto à altura, devia ultrapassar vários quilômetros. O olho era incapaz de perceber onde essa abóbada terminava em paredes de granito; mas havia uma nebulosidade suspensa na atmosfera, que estava a acerca de uns quatro mil metros de altura, portanto, mais alta que os vapores terrestres, certamente por causa de ar muito denso”.
“É claro que a palavra caverna sempre me vem ao descrever esse ambiente gigantesco. Mas as palavras humanas não são suficientes para aqueles que se aventuraram nos abismos do planeta”.
Nesta cavidade gigantesca havia um grande lago que mais se parecia com um mar e suas ondas colossais. Acerca de quinhentos metros deles divisaram uma floresta densa e cerrada, constituída por árvores com formatos estranhos que descobriram depois se tratarem de cogumelos gigantes.
“Era composta de árvores de médio porte, talhada como perfeitos guarda-sóis de contornos claros e geométricos; as correntes atmosféricas não pareciam agitar sua folhagem e, em meio aos ventos, permaneciam imóveis como um maciço de cedros petrificados”.
“Mas, a vegetação daquele país subterrâneo não era só de cogumelos. Mais adiante havia inúmeros agrupamentos de outras árvores de folhagem desbotada. Eram fáceis de identificar: arbustos comuns da terra, só que em dimensões fantásticas”.
O relato é fantástico e a aventura é emocionante, pois os aventureiros encontraram animais antediluvianos vivos num grande mar subterrâneo dentre eles crocodilos, tartarugas gigantes, golfinhos, lagartos, etc. Ao final da obra os três construíram uma jangada e navegaram por vários dias no interior da terra, em meio a uma espécie de oceano de ondas encapeladas. Depois de muitas dificuldades, saíram por uma abertura e foram projetados para fora através de outra cratera de vulcão. Esta, porém, se localizava muito distante de onde haviam penetrado no interior da terra, meses atrás, nas montanhas da Calábria, próximo ao mar Mediterrâneo.

*J.A. Fonseca é economista, escritor e pesquisador.

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