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29 de set. de 2012

ABERTURA SOBRE INFORMAÇÕES DE OVNIS NO BRASIL

Graças aos esforços da Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), mais documentos outrora secretos foram liberados pela Aeronáutica. Eles são um apanhado de relatos coletados pelos militares, e trazem informações detalhadas de um dos casos mais importantes em termos de divulgação ufológica para o Brasil (e diria até DO MUNDO!): A Noite Oficial dos OVNIS (se não conhece, é bom ler primeiro no link e depois continuar aqui). Este foi um caso emblemáticos em que um governo corajosamente confirma os relatos de pilotos e testemunhas, em um evento tão fascinante e de grande porte que fica até difícil de acreditar. Mas aí está a pá de cal em cima das dúvidas se fenômeno OVNI é ou não "real". Os documentos trazem luz ao caso, com transcrições dos pilotos, plots de radar, informações sobre a posição das estrelas neste dia, e uma novidade: vários outros casos aconteceram ANTES dessa noite especial, em Anápolis - GO (palco de uma das ocorrências na "noite oficial").
Este documento (liberado em PDF pela Revista UFOentre outros) contém vários casos, e um em particular chama a atenção por ter ocorrido sobre a base aérea de Anápolis, quase dois meses antes do evento acima:
Página 36:
" O presente relatório foi elaborado por determinação do Sr. Comandante da Base Aérea de Anápolis, Cel Av José Elislande Baio de Barros.
Assunto:
OVNI (objeto voador não identificado) sobre o aeródromo militar de Anápolis.
(...)
Observação Inicial: O objeto foi visto no dia 23 Mar 82, aproximadamente às 11:00 horas P, no momento em que uma aeronave F-103 executava "loops" sobre o aeródromo (...) A acrobacia da aeronave chamava a atenção de todos para cima.
Descrição do Objeto: A olho nu (era possível vê-lo dessa maneira), o objeto tinha uma forma circular (aparentemente esférica), de cor branca tendendo para prata. 
Visto com binóculo, a forma era a mesma, porém mais brilhante, por vezes se apresentando avermelhado, com tendência para dourado.
Posição geográfica: Foi visto inicialmente quase sobre o aeródromo (rumo 300º 10 milhas, aproximadamente). Deslocou-se sutilmente, tendo sido percebido até no rumo 270º. Bastante alto, não foi possível estimar a altura.
Observadores: A curiosidade de um e de outro fez com que a maioria das pessoas na Base Aérea de Anápolis vissem o objeto, inclusive o autor deste documento. 
Providências tomadas:
a) Pesquisas com o SRPV-5 pra saber da existência ou não e balões, sondas, satélites artificiais, etc.
b) Contato telefônico com o COPM pra saber da existência de contato radar.
Ambas as medidas não trouxeram resultado concreto.
(obs: assinado pelo chefe do centro de operações aéreas)

O documento também traz a transcrição da conversa dos pilotos de avião comercial que avistaram estranhas luzes, no episódio que ficou conhecido como o Vôo 169 da Vasp. Novamente o documento traz novas informações, porque passamos a saber que outros dois aviões TAMBÉM viram luzes estranhas, nos dois dias seguintes a esse ocorrido!

Na página 38, vemos um "briefing" assinado pelo Ministro da Aeronáutica Joelmir Campos de Araripe Macedo, em abril de 1978, informado ao Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica:
I - As ocorrências vindas a público sobre o aparecimento de "objetos voadores não identificados" - OVNI - no espaço aéreo brasileiro tem, ultimamente, aumentado de frequência e parecem lastreados por testemunhos de relativa insuspeição. A fase do temor ao ridículo que, até recentemente, fazia calar as testemunhas de maior responsabilidade da elite técnica e científica do país, vai gradativamente cedendo lugar a um tratamento mais responsável pelo misterioso problema, já que a evidência de certos fenômenos inexplicáveis não mais permite ignorá-los.
II - Embora as especulações sobre os OVNI venham se estendendo a épocas tão remotas quanto a própria existência da humanidade, assumindo aspectos de pura fantasia, a verdade é que já nos últimos anos da II Guerra Mundial, em 1944, o Estado-Maior Superior da Luftwaffe foi induzido a criar um controle específico para elucidar inúmeros relatórios feitos por pilotos de guerra sobre a aparição de OVNI; o referido controle recebeu a denominação de "Sonder Buro nº 13" e o nome de código de "Operação Uranus".
III - A USAF, como é do nosso conhecimento, assumiu igualmente o controle dos UFO ("Unidentified Flying Objects"), reunindo muitos milhares de observações e farta documentação fotográfica; recentemente, encerrou tais estudos por ter chegado à conclusão de que os UFO não constituíam ameaça aparente à Segurança Nacional, e, portanto, escapavam a sua responsabilidade; seriam, talvez, mais da responsabilidade da NASA o da FAA. Na realidade, orientada politicamente para negar perante a opinião pública fenômenos que já se tornavam mais que evidentes, embora inexplicáveis, a USAF vinha se expondo a um desgaste acima do intolerável.
IV - Forçoso é reconhecer que algo de estranho vem preocupando as atenções do grande público, das autoridades e do mundo científico, face às frequentes incursões de OVNIs na atmosfera terrestre. Em que pesem os argumentos de que tais fenômenos - da forma pela qual são descritos - aberram das leis físicas e dos conhecimentos científicos do Mundo atual, impõe-se-nos o dever de registrá-los, documentá-los e analisá-los sistematicamente. Por várias razões, a Aeronáutica não deve se alhear do problema, embora evitando explicá-lo sem base científica ou expor-se ao ridículo, desnecessariamente.
V - Em face do exposto, recomento a esse Estado-Maior organizar um "Registro sobre OVNI", de natureza sigilosa, no qual sejam arquivados cronologicamente os fenômenos eventualmente observados no espaço aéreo brasileiro(...)

Em outro trecho, o Comandante interino do COMDA avisa sobre os procedimentos que estão sendo tomados pela aeronáutica, e alerta para que seja mantido sigilo, por medo do ridículo:
I - O Exmo Sr Ministro da Aeronáutica pela nota (...), determinou que fossem adotadas medidas no sentido de coletar e catalogar ocorrências de "objetos voadores não identificados (OVNI). No passado, as notícias sobre o assunto veiculadas pela imprensa eram registradas e analisadas pelo Estado-Maior da Aeronáutica.
(...)
III - Visando resguardar a posição do Ministério da Aeronáutica no tocante ao assunto, altamente polêmico, a coleta e a remessa de dados exige muita discrição, não devendo ser feitos comentários que possibilitem exploração por parte da imprensa em geral, fato que até poderia levar ao ridículo a nossa corporação.

Em outro documento confidencial oficial, assinado pelo Brig. do Ar, José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque (Comandante interino do COMDA/NuCOMDABRA em 02/06/1986), e dirigido ao Ministério da Aeronáutica, vemos a seguinte conclusão:
CONSIDERAÇÕES FINAIS DO CASO "NOITE OFICIAL DOS OVNIS"
1- Da análise dos acontecimentos, este Comando é de parecer, de acordo com as informações dos controladores, pilotos e relatórios anteriormente elaborados pelo I Cindacta, que alguns pontos são coincidentes no que tange ao eco radar, aceleração, iluminação, velocidades e comportamento, tanto pelas detecções técnicas como visualização efetuadas.
2- Alguns que podemos citar são os fenômenos que apresentam certas características constantes a saber:
a- produzem ecos radar não só do Sistema de Defesa Aérea, como também das aeronaves interceptadores simultaneamente, com comparação visual pelos pilotos.
b- Variam suas velocidades da gama subsônica até supersônica, bem como mantêm-se em vôo pairado.
c- Variam suas altitudes abaixo do FL-050 até altitudes superiores FL-400.
d- Às vezes são visualizados devido à luzes de cores brancas, verdes, vermelho, outras vezes não se tem indicação luminosa.
e- Têm capacidade de acelerar e desacelerar de modo brusco.
f- Capacidade de efetuar curvas com raios constantes e outras vezes com raios indefinidos.
3- Como conclusão dos fatos constantes observados, em quase todas as apresentações, este Comando é de parecer, que os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores como também voar em formação, não forçosamente tripulados.
4- Por oportuno, cabe ressaltar a eficiência das Unidades Aéreas engajadas na operação, pois de acordo com o previsto cada uma dessas unidades mantém uma aeronave de alerta à 45 minutos e com menos de 30 minutos após o acionamento, 7 (sete) vetores armados estavam disponíveis para emprego.

Não precisa nem comentários, né?
É quase um sonho realizado para os ufólogos, que ainda aguardam a liberação dos documentos relativos à Operação Prato (a cereja do bolo). Mas esta semana logo trouxe outras surpresas, com a entrevista do ex-ministro da Aeronáutica, Sócrates Monteiro, à Revista UFO. Abaixo, alguns trechos:
O militar foi comandante do I Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta), em Brasília. Ele revelou que as observações de objetos voadores não identificados eram constantes nas telas de radar do órgão, bem antes dele assumir seu comando, e que todos os casos eram meticulosamente anotados, sendo que alguns eram investigados pela Força Aérea Brasileira (FAB).
Monteiro descreveu uma situação em que a estação de radar do Cindacta no Gama (DF) foi sobrevoada a baixa altitude por um objeto discóide de grandes proporções, e que seus homens, sem saber o que fazer, abriram fogo contra no intruso. Ao saber disso, Monteiro deu-lhes ordens expressas para interromperem o tiroteio imediatamente. "Eles têm uma tecnologia muito mais avançada do que a nossa e não sabemos com o reagiriam à nossa ação", disse referindo-se aos tripulantes do veículo, informando ainda que esta era a doutrina adotava na época, ou seja, não agredir para não sofrer as conseqüências.
Sobre a Noite Oficial dos UFOS, Monteiro admitiu que que os objetos "passaram de 250 para 1.500 km/h em frações de segundo". Referindo-se sempre ao termo anomalias eletrônicas, "na falta de uma explicação melhor para o que eram aqueles objetos", segundo Monteiro, o entrevistado disse que a velocidade dos UFOs era realmente estarrecedora e que os caças conseguiam se aproximar deles apenas por alguns instantes, porque em seguida os artefatos disparavam a altíssima velocidade. "Não havia como nos aproximarmos deles e então acabamos abandonando as buscas. Que duraram muitas horas naquela madrugada". Há referência de que os UFOs chegaram a atingir a velocidade de Mach 15, ou seja, 15 vezes a velocidade som, o que Monteiro disse ser possível, embora os instrumentos tivessem chegado a medir apenas perto de 3.500 km/h, "pois depois disso podem ter sofrido distorções naturais de leitura". Quanto à Força Aérea Brasileira (FAB) ter gravado os fatos em videotapes, disse que, na verdade, o órgão - em especial o Cindacta - sempre anotava o que ocorria nas telas de radar, e que tudo aquilo foi registrado em gravações apropriadas feitas a partir daqueles instrumentos. Mas disse que a cada 30 dias as fitas são apagadas e reutilizadas.
Mesmo que no início tenha se referido aos UFOs como anomalias eletrônicas, aos poucos foi falando em "eles", para designar seus tripulantes, e "naves" para efetivamente descrever o que eram seus veículos, mencionando também sua "tecnologia". Também se referiu abertamente às inteligências por trás do fenômeno, dando a clara noção de que estamos diante de civilizações superiores.
Esta foi uma afirmação mais contundente, que ele deu ao final da entrevista, quando voltou a se referir ao caso em que seus homens atiravam num disco voador no Gama, e que ele teve que intervir imediatamente pois "a reação deles poderia ser trágica para nós". Para tanto, usou como analogia o Caso Mantell, ocorrido nos Estados Unidos em 1948, em que um piloto encontrou a morte e seu avião foi destroçado após uma perseguição a um UFO. "Por isso, os caças, quando perseguiam tais 'anomalias eletrônicas', o faziam com cautela". Já ao fim da conversa, quando estava mais à vontade com os entrevistadores, se referia às tais anomalias quase praticamente rindo de sua própria interpretação do fenômeno e admitindo que apenas usava a expressão "por não ter um UFO nas mãos pra poder dizer exatamente o que são".
fonte: revista Ufo e CBU

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